Amor eterno
Pesquisa afirma que é possível manter a paixão no relacionamento mesmo com o passar dos anos
Pesquisa afirma que é possível manter a paixão no relacionamento mesmo com o passar dos anos
Você acha que é possível estar em um relacionamento há mais de 20 anos e sentir-se tão apaixonado quanto no início da relação? Os pesquisadores da Stony Brook University acreditam que sim. Uma pesquisa divulgada recentemente comprovou que casais juntos há mais de 20 anos podem se sentir tão apaixonados quanto aqueles que acabaram de se conhecer.
Você acreditava que o amor poderia ser eterno?
Você acreditava que o amor poderia ser eterno?
Para alcançarem esse resultado, os pesquisadores avaliaram dez mulheres e sete homens casados em um tempo médio de 21,4 anos. Os voluntários foram submetidos a exames de ressonância magnética funcional (fMRI, sigla em inglês) enquanto visualizavam imagens faciais dos seus parceiros. As imagens de controle incluíram pessoas familiares, amigos de curto e longo prazo e pessoas pouco familiares.
Efeitos específicos para aqueles que amavam intensamente seu parceiro de longo prazo foram encontradas em regiões consistentes com pesquisas anteriores feitas com casais que se encontravam na fase inicial do romance. Os resultados sugerem que, para alguns indivíduos, a recompensa de valor associado a um parceiro de longo prazo pode ser sustentada e semelhante a de um novo amor. Mas ela também envolve sistemas cerebrais implicados na ligação e união do casal.
Efeitos específicos para aqueles que amavam intensamente seu parceiro de longo prazo foram encontradas em regiões consistentes com pesquisas anteriores feitas com casais que se encontravam na fase inicial do romance. Os resultados sugerem que, para alguns indivíduos, a recompensa de valor associado a um parceiro de longo prazo pode ser sustentada e semelhante a de um novo amor. Mas ela também envolve sistemas cerebrais implicados na ligação e união do casal.
Esse é o caso da analista de vendas Marlene de Ribamar Castro, 54 anos, casada há 29 anos. Para ela, o amor não mudou ao longo dos anos. “Nós dois nos amamos muito, com certeza. Um não sabe viver sem o outro. Meu marido é meu companheiro, meu amigo, meu parceiro. As brigas acontecem, claro, mas são superadas muito rápido, na base da conversa. O segredo para um casamento duradouro não é outro senão aprender a ser tolerante e paciente um com o outro”.
Já para a socióloga Joana de Albuquerque Zirbes, 58 anos, casada há 38 com o engenheiro e professor Sérgio Felipe Zirbes, 62, o amor muda com o passar dos anos. “A paixão não existe mais depois de tanto tempo, mas o que temos é um amor consolidado. Nós nos relacionamos na base da cumplicidade, da confiança e do respeito mútuo. O resultado disso é que só de nos olharmos, já sabemos o que o outro está pensando. É uma entrega diferente. Não acredito que se possa sentir a mesma paixão do início do namoro porque estamos vivendo outra fase das nossas vidas, onde o amor já está mais seguro”, diz.
Vendo esses dois aspectos da relação, fica a pergunta: qual dos dois se aplica a maioria dos casais? A chama da paixão fica acesa durante 20 anos ou se transforma em alguma coisa mais consistente ao longo do tempo? Para o psiquiatra e diretor da UNATI (Universidade Aberta da Terceira Idade), Renato Veras, “a paixão atua de forma diferente em cada caso, não existe um padrão único. Quando um casal está se conhecendo, a paixão é algo que se manifesta através de um grande contato entre eles, e também nas relações sexuais. Quando o casal se conhece há mais tempo ela se mostra de outras formas, como ao marcar uma viagem em família ou tomar um vinho no restaurante preferido. As paixões podem ser intensas, cada uma do seu jeito, e em todas as fases do relacionamento do casal”.
Vendo esses dois aspectos da relação, fica a pergunta: qual dos dois se aplica a maioria dos casais? A chama da paixão fica acesa durante 20 anos ou se transforma em alguma coisa mais consistente ao longo do tempo? Para o psiquiatra e diretor da UNATI (Universidade Aberta da Terceira Idade), Renato Veras, “a paixão atua de forma diferente em cada caso, não existe um padrão único. Quando um casal está se conhecendo, a paixão é algo que se manifesta através de um grande contato entre eles, e também nas relações sexuais. Quando o casal se conhece há mais tempo ela se mostra de outras formas, como ao marcar uma viagem em família ou tomar um vinho no restaurante preferido. As paixões podem ser intensas, cada uma do seu jeito, e em todas as fases do relacionamento do casal”.
Embora alguns casais já não sintam esse fogo da paixão arder com tanta intensidade quanto outros, o fato de simplesmente estarem juntos pode proporcionar o equilíbrio que ambos precisam para manter a relação estabilizada. “Algumas coisas que seriam irrelevantes em um relacionamento recente podem se radicalizar com o passar do tempo, tanto as coisas boas quanto as más. Cabe ao casal saber se quer continuar junto apesar dos desentendimentos. Uma relação pode sobreviver acomodada em uma raiva reprimida, mal-estar ou mágoas. Casais que vão por esse caminho acham mais confortável ficarem juntos do que começarem novos relacionamentos”, explica Veras.
Para manter um relacionamento que envolva cumplicidade, compreensão e respeito mútuo, não há receita. Veras lembra que “o casamento ideal, sem brigas, não existe. Por isso, a importância de se fazer concessões, conversar, mantendo a retidão naquilo que se fala. Os ideais do casal não podem ser diferentes, deve ser apenas o que foi moldado pelos dois, fruto de uma parceria, pensado em conjunto”.
Para manter um relacionamento que envolva cumplicidade, compreensão e respeito mútuo, não há receita. Veras lembra que “o casamento ideal, sem brigas, não existe. Por isso, a importância de se fazer concessões, conversar, mantendo a retidão naquilo que se fala. Os ideais do casal não podem ser diferentes, deve ser apenas o que foi moldado pelos dois, fruto de uma parceria, pensado em conjunto”.
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