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sábado, 26 de novembro de 2016

O amor está na rede


amor está na rede 
Descubra quem anda usando a internet para paquerar
 

  
Trocar juras de amor nunca foi tão fácil, e a internet está aí para isso também. A quantidade de portais disponíveis para se conhecer pessoas online está maior e mais acessível e muitas pessoas têm usado esses meios para tentar encontrar a outra metade. E não é diferente com a turma que já passou dos 50. O namoro virtual pode ser interessante, mas tem seus mistérios. Entenda melhor qual é o perfil de quem anda flertando na rede e como evitar decepções.
Maior disponibilidade de tempo, timidez, solidão. Motivos não faltam para o público maduro procurar sites desse tipo. Segundo o psiquiatra e diretor da UnATI (Universidade Aberta da Terceira Idade) Renato Veras, “as pessoas mais velhas gostam de participar da brincadeira desses sites, entrar, conhecer gente, tentar descobrir quem está do outro lado, mas elas são, em geral, mais céticas. Sabem que o perfil da pessoa pode não ter nada a ver com quem ela de fato é. Pela experiência de vida, eles sabem que não é em dois cliques que vão encontrar o par perfeito. Lógico, existe um grupo que até acredita, mas eles tendem a se frustrar. São mais inocentes com relação ao mundo digital, não entendem bem que não se pode falar e fazer o que quiser online”.
Fazer novos amigos, conhecer pessoas diferentes e até quem sabe, encontrar um novo amor. A turma madura sabe o que quer e se engana quem pensa o contrário. “Eles acreditam menos no mundo fantástico e fantasioso que a internet propõe. Eles sabem que a probabilidade de encontrarem a pessoa dos sonhos na tela do computador é muito remota. Eles podem até sair com quem conversam, mas não vão com a inocência típica dos jovens. A vantagem desses sites é que eles distraem-se com ele, comentam algum assunto com seu ponto de vista, fazem amizade, passam o tempo”, exemplifica Renato.
Por mais interessante que a internet seja, muita gente fica em dúvida sobre o que é melhor, o virtual ou o real. Para o especialista, tanto faz, contanto que se saiba administrar corretamente a dose de cada um. “Nada substitui a proximidade entre duas pessoas. Mas, atualmente, esse é um meio comum de se estabelecer um primeiro contato com outra pessoa. Se quem estiver participando desses portais souber o que procura, tudo bem. Agora quem vai com expectativas muito altas, pode acabar se frustrando. Muitas pessoas entram nesses sites com uma perspectiva jocosa, de brincadeira e acabam mentindo em seus perfis online. O relacionamento virtual pode ser maravilhoso para estabelecer um primeiro contato, mas nada substitui o encontro físico, a afinidade, a sintonia”, diz Veras.
O encontro pode de fato acontecer e dar certo? Sim, pode. Mas é importante lembrar o perigo persistente da frustração. De acordo com Renato, “a possibilidade de um encontro desses não dar certo existe pois, como a sociedade em que vivemos valoriza certas características, muitas pessoas acabam não contando toda a verdade sobre si mesmas nos perfis virtuais. Por isso, o encontro pode ser frustrante. No caso das pessoas maduras, elas têm mais consciência da sua relação com a internet para encontrar um namorado do que as pessoas mais jovens. Elas são mais críticas e sabem levar a situação como ela realmente é: uma brincadeira que pode ou não acabar em namoro”.
Levando na traquinagem ou a sério, encontros reais de pessoas que se conheceram online podem acontecer e, nesses casos, é importante tomar certos cuidados essenciais para não levar nenhum susto. “É bom a pessoa ir ao encontro com a consciência de que a possibilidade de tudo que o outro disse sobre si pode ou não ser verdadeira. Pela internet, não tem como saber quem está teclando com você do outro lado e pode ser qualquer tipo de pessoa, então cuidado com violência, roubo. O que a mãe geralmente aconselha aos filhos sobre tomar cuidado ao falar com estranhos, deve ser aplicado nessas situações”, finaliza Veras. 
 

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