No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana; só no final da década de 90 aconteceu a "descoberta da inteligência emocional", que veio a revelar que não bastava um determinado homem ser um gênio, se não soubesse lidar com suas emoções.
Partindo dessa premissa, a ciência começou o terceiro milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual, que ajudaria o ser humano a lidar com questões essenciais e mais profundas, que seriam uma nova chave para o encontro de outros caminhos a serem descobertos e explorados.
Não se pode mais desprezar, nem ignorar, que existe de fato um terceiro tipo de inteligência, que amplia os horizontes das pessoas, tornando-as mais criativas, no sentido de buscar um novo significado para a vida.
A existência de um “Ponto de Deus" no cérebro, uma área responsável pelas experiências espirituais das pessoas, não pode mais ser negada nem contestada, assim como a conclusão advinda dessa existência, que conduz a certeza de que a inteligência espiritual coletiva é ínfima na sociedade moderna.
Sim, vivemos numa cultura espiritualmente medíocre e primitiva, mas se quisermos e tivermos acesso a técnicas específicas, poderemos elevar nosso quociente espiritual.
Afinal o que vem a ser inteligência espiritual?
É a descoberta de uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais reais e efetivos.
Elevar o quociente espiritual (QS) implica em ser mais capaz de usar o espiritual para propiciar uma vida mais rica e mais plena de sentido, dentro de uma perspectiva mais adequada de objetivos e de finalidades, capaz de trazer para o ser humano uma melhor direção pessoal.
O QS aumenta nossos horizontes, tornando-nos mais aptos, inteligência essa que nos impulsiona e nos permite abordar e solucionar problemas de sentido e valor.
Ele está ligado à necessidade humana de encontrar um ou mais propósitos na vida; e de modo adequado, desenvolve valores éticos e crenças, norteadores de nossas ações, tendo por meta propiciar ao homem uma condição de ser mais feliz e realizado.
Esse "Ponto de Deus", que se encontra em nosso cérebro, é uma área nos lobos temporais, que nos faz buscar um significado para os valores e princípios, mais claros e permanentes, em nossa vida.
Por ser uma área ligada à vivência e à experiência espiritual, ele influencia a inteligência que passa pelo cérebro e por seus prolongamentos neurais, já que somente um certo tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional e lógico, fornecendo-lhe o seu QI, ou a sua inteligência intelectual.
Um outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões emocionais, sendo o responsável pelo QE, ou pela própria inteligência emocional.
Quanto ao terceiro tipo, este permite e deixa florescer o pensamento criativo, capaz de insights, e de ser formulador e revogador de regras.
Em síntese, trata-se do pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.
Vejamos a diferença entre QE e QS!
O Quociente Emocional, fala das emoções; a Inteligência espiritual fala da alma. De um poder transformador, que facilita a inteligência emocional para que permita julgar em que situação nós nos encontramos, objetivando chegar a um comportamento apropriado, dentro dos limites de uma determinada situação.
A inteligência espiritual, por sua vez, permite um questionamento: se quero permanecer nessa situação particular, o que implica num trabalho dentro dos limites da situação.
A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade e o quociente espiritual tem a ver com o que os fatos significam para o homem, e não apenas como afetam suas emoções nem qual sua reação.
Em princípio, são poucas as qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes que atuam:
Praticando e estimulando o autoconhecimento mais desenvolvido e profundo, incorporam assim a sua vida valores e princípios de forma mais permanente e contínua.
São idealistas; possuem a capacidade de encarar e de utilizar a adversidade sem deixar de ser holísticas, abrangentes e totalizantes, quando necessário.
Celebram a diversidade, mantendo a independência, sempre questionando o porquê.
É a capacidade de colocar o maior número de informações e de fatos num contexto mais amplo, sem perder a espontaneidade, mantendo presente a compaixão e os sentimentos mais nobres, como o amor.
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